Camilla Faustino lança “Bossa Sempre Bossa”


Normalmente, quando se lança um novo projeto musical, pedimos a um jornalista ou a um escritor para elaborarem um press release. Porém, desta vez eu mesmo resolvi escrever, já que minha “vida musical” começou com a Bossa Nova em 1963.

Não perdia um programa “O Fino da Bossa”, com Elis Regina, Jair Rodrigues, Zimbo Trio, Baden Powell, Vinícius de Moraes, Paulinho Nogueira e tantos outros grandes artistas.





Em 1975 comecei a trabalhar na Phonogram como produtor. Um dos meus primeiros trabalhos foi produzir Paulinho Nogueira. Nessa mesma época conheci Cesar Camargo Mariano, que havia integrado o Sambalanço Trio nos anos 60 e que fez os arranjos para o disco do “O Quarteto”, produzido por mim (um grupo vocal que interpretou os grandes sucessos da Bossa Nova de forma magistral e inovadora).

Nos anos 80, como diretor artístico da CBS, a Bossa Nova se fez presente novamente em minha vida quando Guilherme Arantes me apresentou a música “Coisas do Brasil”, escrita em parceria com Nelson Motta.


Nos anos 90, já como presidente da Polygram no Brasil, tive um almoço memorável na companhia de Ronaldo Bôscoli, Sergio Mendes, Tom Jobim, Boni e Max Pierre no restaurante Plataforma 7. A partir dali comecei a pensar em gravar um projeto musical de Bossa Nova e essa ideia me acompanhou desde então.

Ano passado, ao assistir a um show do Toquinho com a participação da Camilla Faustino, percebi que chegara a hora de concretizar aquele projeto que eu planejava há anos. Decidi que o formato ideal seria um trio e uma grande intérprete. Por coincidência, uma semana depois fui apresentado ao Trio Guará. O projeto começava a tomar forma.

Chamei então o produtor musical Luiz Carlos Maluly, que teve a excelente ideia de colocar o Trio Guará e a Camilla em um estúdio de ensaio, sem a orientação de nenhum de nós dois. Isso fez com que da criatividade e entrosamento desses jovens artistas nascesse uma visão atual desse gênero musical que hoje faz 60 anos.

A gravação, realizada nos Estúdios Mosh (São Paulo), foi feita sem click, com a Camilla cantando sem sequer um fone de ouvido - direto, filmado ao vivo. Resultado: a música brasileira revive na interpretação vocal e instrumental desses 4 talentos.

Dedico esse DVD aos diretores artísticos com quem tive o prazer de trabalhar e conviver na minha caminhada pelo mundo da Música: Manolo Calderon (México), Max Pierre, Lia Escobar (EUA), João Augusto, Guto Campos e Claudio Rabello.

“Bossa Sempre Bossa” é um lançamento Maynard Music já disponível nas principais plataformas digitais, via ONErpm, e também em DVD, este mês de abril.

 Por Marcos Maynard.

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